quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

OCUPAÇÃO DOS ESPIRITOS

Ocupação dos Espíritos - Os Espíritos se ocupam com as coisas deste mundo de acordo com o grau de evolução em que se achem. Os superiores só se ocupam no que seja útil ao progresso. Já os inferiores se sentem ligados às coisas materiais, e delas se ocupam.

As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso, às luzes que possuem, às suas capacidades, experiências e grau de confiança inspirada ao Senhor soberano.

Nem favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito; tudo é medido e pesado na balança da estrita justiça.

Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao seu grau de adiantamento.

Uns percorrem os mundos, se instruem e se preparam para as novas encarnações.

Outros, mais adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo idéias que lhe sejam propicias. Assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da humanidade.

Outros ainda, tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem anjos guardiães, gênios protetores e os Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da natureza, de que se fazem agentes diretos.

Além do trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes executar a vontade de Deus, concorrendo, assim, para a harmonia do Universo.

A ocupação dos Espíritos é continua, contudo, nada tem de penosa, uma vez que não estão sujeitos à fadiga e às necessidades próprias da vida terrena.

Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham função útil no Universo, embora muitas vezes não se apercebam disso, visto que todos têm deveres a cumprir.

Os Espíritos devem percorrer todos os diferentes graus da escala evolutiva para se aperfeiçoarem. Assim, todos devem habitar em toda parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas. Dessa forma, a experiência e o aprendizado pelo qual um Espírito está passando hoje, um outro já passou e outro ainda passará.

Existem Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos. Todavia esse estado é temporário e cedo ou tarde o desejo de progredir os impulsiona para uma atividade, tornando-os felizes por se sentirem úteis.

O Espírito se adianta conforme a maneira que desempenha sua tarefa. Mas algo muito importante ensinada pelos Espíritos é que muito diferente umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os inferiores a terra, física e moralmente, outros da mesma categoria que a nossa e outros superiores.

Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer toda espiritual.

Abaixo informaremos as questões do Livro dos Espíritos que nos dão informações sobre este assunto:

558 - Alguma outra coisa incumbe aos espíritos fazer que não seja melhorarem - se pessoalmente?

R. Concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujas eles são ministros. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades.

559 - Também desempenham funções útil no Universo os espíritos inferiores e imperfeitos ?

R. Todos tem deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiros como o arquiteto.

572 - A missão de um espírito lhe é imposta ou depende da sua vontade?

R. Ele a pede e ditoso se considera se a obtém.


- Pode uma missão ser pedida por muitos espíritos?

R. Sim é freqüente apresentarem-se muitos candidatos mas nem todos são aceitos.

573 - Em que consiste a missão dos espíritos encarnados?

R. Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo na natureza se encadeia.


"A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade."



Ä As missões dos Espíritos - Têm sempre por objetivo do bem . Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.

Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam: assistir aos enfermos, aos agonizantes, aos aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores; dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme a maneira por que desempenha a sua tarefa.

As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de as cumprir e incapazes de desfalecimento ou comprometimento. E enquanto que os mais dignos compõe o Supremo Conselho, sob as vistas de Deus, a chefes superiores é outorgada a direção de turbilhões planetários, e a outros, conferidos a mundos especiais . Vêm, depois, pela ordem de adiantamento e subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada ramo de progresso, às diversas operações da natureza até aos mais ínfimos pormenores da criação. Neste vasto e harmônico conjunto há ocupações para todas as capacidades, aptidões e esforços; ocupações aceitas com júbilo, solicitadas com ardor, por serem um meio de adiantamento para os Espíritos que ao progresso que aspiram.

Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos Superiores, há outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo mesmo afirmar-se que cada encarnado tem sua missão, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germes de progresso. É nessas missões secundarias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo.


Todas as inteligências concorrem, pois para a obra geral, qualquer que seja o grau atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de Espírito Encarnado ou no plano espiritual. Por toda parte a atividade, desde a base ao ápice da escala, instruindo-se, coadjuvando-se em mútuo apoio, dando-se as mãos para alcançarem o zênite.




Ä Relações do Além Túmulo- Almas Gêmeas - A questão 298 de O Livro dos Espíritos nos informa que não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos.

Devemos compreender que um Espírito não é metade do outro. Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos. A teoria das metades eternas encerra uma simples figura representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra.

Quando falamos em almas gêmeas temos a idéia de um companheiro e companheira que encontraremos dentro de um certo tempo.

Somos levados a este comportamento por influência da sociedade, onde cada um deve encontrar seu par.

E falamos nesta alma gêmea como se fosse um salva-vidas. Idealizamos e colocamos nossas expectativas no outro, procuramos qualidades que acabam se revelando impossíveis em nós mesmos, e esperamos que o escolhido nos satisfaça em todos os sentidos. Buscamos nosso complemento para a vida como se estivéssemos procurando um produto qualquer.

Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união é a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados, se inseridos na senda do crime ou na inconsciência, experimentam a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam intimamente. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos, sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações a da ventura de sua união, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar.

Nem sempre, as almas gêmeas encontram-se no mesmo plano evolutivo. No livro Diário dos Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito Victor Hugo afirma que almas criadas na mesma era, iniciando úteis peregrinações em mundos primitivos, e, depois, separadas em ponto diversos do globo terrestre, conservam, uma das outras, reminiscências indeléveis.

É importante no entanto, que fique claro o conceito de almas gêmeas: a tese é mais complexa do que parece ao primeiro exame, mesmo porque, com a expressão "almas gêmeas", não desejamos dizer metades eternas, e ninguém, a rigor, pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob a pena de aumentar os próprios débitos, com difíceis obrigações

à frente da Lei.


Vejamos agora, o que O Livro dos Espíritos nos diz a respeito :

Pergunta 298 - As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a esta união e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?

R. Não, não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos, da concórdia resulta a completa felicidade.

Pergunta 299 - Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns espíritos se servem para designar os espíritos simpáticos?

A expressão é inexata. Se um espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.

Pergunta 300 - Se dois espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros espíritos?

R. Todos os espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um espírito se eleva, já não simpatiza como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.


Ä Simpatias e Antipatias - Como seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, os Espíritos cultivam, entre si, a simpatia geral determinada pelas sua próprias semelhanças. Além desta simpatia de caráter geral, existem, as afeições particulares, tal como as há entre os homens. Esta afeição particular decorre do princípio de afinidade, como resultado de uma perfeita concordância de seus pendores e instintos.

Assim como há as simpatias entre os Espíritos, há, também, as antipatias alimentadas pelo ódio, que geram inimizades e dissenções. Este sentimento, todavia, só existe entre os Espíritos impuros, que não venceram, ainda, em si mesmos, basicamente, o egoísmo e o orgulho. Como exercem influência junto aos homens, acabam estimulando nestes os desentendimentos e as discórdias, muito comum na vida humana.

Desde que originada de verdadeira simpatia, a afeição que dois seres se consagram na terra continua no plano espiritual.

Por sua vez, os Espíritos a quem fizemos mal neste mundo poderão perdoar-nos se já forem bons e segundo o nosso próprio arrependimento. Se, porém, ainda continuarem se comprazendo no mal, podem guardar ressentimento e nos perseguirem muitas vezes até em outras existências.

Como observam os Espíritos superiores: "da discórdia nascem todos os males da humanidade; da concórdia resulta a completa felicidade. " E um dos objetivos da nossa encarnação é o de trabalhar no sentido de nos melhorarmos interiormente e chegarmos à perfeição espiritual.

Isto nos leva a compreender melhor a afirmação de Jesus, quando nos disse: Amai os vossos inimigos, pois só há prejuízo para o Espírito que tenha inimigos por força do mal que haja praticado, uma vez que os inimigos são obstáculos em sua caminhada e essa inimizade sempre gera infelicidade e atraso em seu progresso espiritual.

Admitindo que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom, compreendemos também que a nossa meta maior é superar a maldade que ainda existe em nós e nos outros. E, neste sentido, só a manifestação de amor de nossa parte pode quebrar o círculo vicioso do ódio que continua a existir, muitas vezes, mesmo depois da morte física.

O período mais propício a esse esforço é, sem dúvida, quando estamos juntos aos nosso inimigos, convivendo com eles, na condição de encarnados e desencarnados, pois é quando temos as melhores oportunidades de testemunhar nosso propósito de cultivar a concórdia para com todos e, assim, substituir os laços que nos ligavam, pelos laços de amor que passam a nos unir.




Ä Escolhas das Provas - Sob a influência das idéias carnais, o homem, na terra, só vê nas provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu nome à descoberta de um pais desconhecido não procura trilhar estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito.

A doutrina da liberdade que nos permite escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas do modo diverso da nossa maneira de apreciá-las. Após cada existência, vêem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais depressa. Não há motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que se trata de se melhorar.

Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais? Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, se não desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro. O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória? E os concursos não são também provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram? Ninguém galga qualquer posição nas ciência, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra. Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando a posição mais elevada, por que não haveria o espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que a conduza à felicidade eterna? Os que dizem que pedirão para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que apenas vêem aquilo que tocam, ou a meninos gulosos, que, a quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser pasteleiros ou doceiros.

O viajante que atravessa profundo vale ensombrado por espesso nevoeiro não logra apanhar com a vista a extensão da estrada por onde vai, nem os seus extremos. Chegando, porém, ao cume da montanha, abrange com o olhar quanto percorreu do caminho e quanto lhe resta dele a percorrer. Divisa-lhe o termo, vê os obstáculos que ainda terá de transpor e combina então os meios mais seguros de atingi-lo. O Espírito encarnado é qual viajante no sopé da montanha. Quando saí dos limites terrenos, sua visão tudo domina, como a daquele que subiu a montanha. Para o viajante, no termo da sua jornada está o repouso após a fatiga; para o Espírito, está a felicidade suprema, após as tribulações e as provas.

Dizem todos os espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, afim de fazerem a sua escolha. Na vida corporal não se oferece um exemplo deste fato? Não levamos, freqüentemente, anos a procurar a carreira pela qual afinal nos decidimos, certos de ser a mais apropriada a nos facilitar o caminho da vida? Se numa, não é o que desejamos, recorremos a outra. Cada uma das que abraçamos representa uma fase, um período da vida. Não nos ocupamos cada dia a cogitar o que faremos no dia seguinte? Ora, que são para os espíritos as diversa existências corporais, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita, que é, como sabemos, a vida normal, visto que a outra é transitória e passageira.


Nas questões abaixo do Livro dos Espíritos teremos um resumo do que seria a escolha das provas:

Pergunta 259 – Se o Espírito pode escolher o gênero de provas que deve suportar, segue-se daí que todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós?

R. Todas, não é a palavra, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo que vos acontece no mundo, até as menores coisas; escolhestes o gênero de provas, os detalhes são conseqüências da vossa posição e, freqüentemente, dos vossos próprios atos. Se o espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, ele sabia a que arrastamentos se expunha, mas não cada um dos atos que viria a praticar, e que são resultado de sua vontade ou de seu livre arbítrio. O Espírito sabe que escolhendo tal caminho terá de suportar tal gênero de luta, sabe, também, a natureza das vicissitudes que enfrentará, mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes dos acontecimentos nascem das circunstâncias e da força das coisas. Somente são previstos os grandes acontecimentos que influem no seu destino. Se tomas um caminho cheio de buracos profundos, sabes que deves tomar grandes precauções para não caíres, e não sabes em qual deles cairás, pode ser, também, que não caias se fordes bastante prudente. Se, passando por uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, como vulgarmente se diz.

Pergunta 266 – Não parece natural que os espíritos escolham as provas menos penosas?

R. Para vós, sim; para o Espírito, não. Quando se liberta da matéria, a ilusão desaparece e ele pensa de outra maneira.

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